Farinha Panko: o que é e como fazer em casa

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A oferta de farinhas tem vindo a ser maior, quando vamos ao supermercado, vemos uma grande diversidade de farinhas. Tem farinha de amêndoas, de linhaça, arroz, aveia, entre outras que podem substituir de forma mais saudável a tradicional farinha branca. Estas farinhas, que estão cada vez mais na moda, são muito usadas em cardápios de diferentes dietas como por exemplo a dieta low carb, já que são alternativas que oferecem mais benefícios para a nossa saúde e podem até ajudar no combate da perda de peso e na conquista do corpinho ideal com que toda a mulher sonha. A farinha panko está muito presente no preparo de pratos salgados, já ouviu falar dela? Provavelmente já viu alguma receita gostosa e quando conferiu se tinha todos os ingredientes faltava-lhe sempre a farinha panko.  Hoje vamos explicar o que é, para que serve e como fazer farinha panko em casa! 

Por que “Panko”?

“Panko” é o termo japonês usado para migalhas de pão ou farinha de pao. E não se trata de uma marca como muitas pessoas imaginam.

Os japoneses aprenderam a fazer pão com os europeus. A palavra panko é derivada de pan “pão”, e palavra portuguesa / espanhola / japonesa para pão, e -ko, um sufixo japonês indicando “farinha”, “revestimento”, “migalha”, ou “pó” (como em komeko – pó de arroz, sobako = farinha de trigo sarraceno e komugiko = farinha de trigo).

O que é a farinha panko e para que serve?

A farinha panko é usada para empanar diversos alimentos, como a farinha de rosca, só que bem mais crocante já que os flocos da farinha panko são um pouco maiores. Essa farinha é muitas vezes utilizada na culinária oriental em pratos como sushi roll, camarões panados e outras delícias. Mas não é só na cozinha oriental, já é utilizada um pouco por todo o mundo e é a base e segredo de grandes redes de restaurantes na preparação de alguns pratos crocantes como por exemplo o frango frito vendido em balde.

Como fazer farinha panko

Essa farinha é muito simples e rápida de preparar e o melhor é que só necessita de um único ingrediente – o pão de forma! Para fazer só tem de:

Tirar as cascas das fatias de um pacote de pão de forma e deixar secar em saco aberto de um dia para o outro

Depois coloque o pão em um processador e passe até obter migalhas, mas não muito pequenas, a ideia é deixar pedaços um pouco maiores e não deixar ficar uma farinha fina como a de rosca.

Espalhe sobre uma assadeira forrada com papel de manteiga e leve ao forno pré-aquecido durante mais ou menos 10 minutos por cerca de 180 graus (se estiver dourando, retire antes dos 10 minutos, é suposto o pão secar e não dourar)

Retire do forno e deixe esfriar, e aí tem a sua farinha panko caseirinha!

Esta receita é muito fácil e rápida de fazer e rende cerca de 400 gramas de farinha.

Como armazenar a farinha panko

Como ainda rende muita quantidade de farinha, se você não usar tudo no próprio dia, pode armazenar no freezer que vai aguentar e ficar boa por até 3 meses. Basta colocar a farinha em um saco ou recipiente próprio para congelamento, como por exemplo um saquinho zip bem fechado, e quando precisar de utilizar é só tirar uns momentos antes para que possam ficar a jeito de serem usados.

filé de frango empanado com farinha panko

3 receitas com farinha panko

Filé de Frango Empanado

Ingredientes:

  • 4 filés de frango limpos e sem pele
  • 1 xícara de farinha panko
  • 1 ovo
  • 3 ramos de alecrim picados
  • Sal e pimenta a gosto
  • Suco de 1 limão siliciano
  • 4 colheres de sopa de azeite
  • ½ xícara de água
  • 3 colheres de sopa de leite 

Modo de preparo:

  • Comece por misturar a farinha panko, o sal, a pimenta e o alecrim picado em um recipiente
  • Em outra tigela, bata os ovos junto com o leite e acrescente um pouquinho de sal
  • Depois, pegue nos filés de frango e passe na mistura de ovo primeiro e logo a seguir pela mistura da farinha temperada
  • Adicione o azeite em uma frigideira na temperatura média e quando estiver quente coloque todos os filés de frango. Deixe dourar de um lado para depois virar e dourar o outro lado
  • Acrescente a meia xícara de água, abaixe o fogo e deixe cozinhar por 6 minutos
  • Destampe a frigideira, aumente o fogo e espere a água evaporar. Depois vai começar a formar-se uma crosta crocante nos filés
  • Quando estiverem dourados e crocantes estão prontos a tirar e a serem servidos!

Filé de Peixe Panado com Panko

Ingredientes:

  • 4 filés grandes de um peixe branco à sua preferência 
  • Alho granulado a gosto
  • Ervas para temperar a gosto
  • Uma pitada de sal e pimenta
  • Sumo de 2 limões silicianos
  • 1 ovo
  • 1 xícara de farinha de trigo
  • 1 xícara de farinha panko
  • 1 colher de sopa de água
  • Óleo

Modo de preparo:

  • Comece por temperar a gosto os filés de peixe e use o sumo dos 2 limões, sal, pimenta e as ervas e deixe marinar por 5 minutos.
  • Em outro recipiente, misture a farinha de trigo e uma pitada de sal e pimenta para tomar mais gosto
  • Numa tigela, misture o ovo com uma colher de sopa de água para não ficar tão consistente
  • Depois, passe os filés pela farinha de trigo, depois no ovo e depois na farinha panko
  • Aqueça óleo em uma frigideira e de seguida coloque os filés
  • Deixe dourar de um lado, vire e deixe dourar do outro para ficarem pronto
  • Depois é só retirar e deixar escorrer o excesso de óleo e está ótimo para comer!

Bolinho de Cream Cheese Empanado

Bolinho de Cream Cheese Empanado

Ingredientes:

  • 50 gramas de farinha panko
  • 150 gramas de cream cheese
  • 1 ovo
  • Azeite
  • Óleo 

Modo de preparo:

  • Em uma forma de gelo vazia, comece por colocar uma gota de azeite em cada cubinho
  • Adicione, com uma colher ou outro utensílio que prefira, cream cheese em cada um dos cubos e deixe congelar por umas 4 horas no freezer
  • Remova os cubinhos da forma
  • Com um garfo, bata o ovo junto com um pouquinho de água para que fique menos consistente
  • Passe os cubos ainda congelados na farinha, depois pelo ovo e novamente pela farinha
  • Em uma frigideira, coloque óleo a aquecer e quando estiver bem quente frite os cubos até que fiquem todos dourados
  • Depois é só retirar com uma escumadeira e deixar secar o óleo e esfriar um pouco e estão prontos!

Outros tipos de farinha

Quem precisa de uma alimentação mais regrada, com certeza conhece algumas das principais alternativas à farinha de trigo, sem falar nas opções fitness que são frequentemente acrescentadas às receitas para deixá-las mais saudáveis.

Existem vários outros tipos de farinha, vamos falar das mais utilizadas:

  • Farinha de trigo

Há muito tempo a base de alimentação de muitas civilizações é o trigo. Quando se fala em panificação ou confeitaria, o trigo está presente na maioria das receitas clássicas.

A grande vantagem da farinha de trigo é o alto teor de glúten, substância composta por uma mistura de proteínas que dá mais elasticidade à massa da farinha, deixando o pão macio e os bolos fofinhos.

A farinha de trigo conta com uma escala bem ampla de subtipos diferentes, dependendo da forma e intensidade do processamento recebido pelos grãos:

 – farinha de trigo tradicional: comercializada nos supermercados e ideal para preparar bolos, biscoitos e pães caseiros;

 – farinha de trigo com fermento: idêntica à tradicional, porém já acrescida de fermento químico e sal;

 – farinha de trigo especial: com teor de glúten mais alto, ideal para preparar massas de pão e pizza;

 – farinha de trigo integral: que pode ser de moagem mais fina ou grossa.

  • Farinha de sêmola

Pode ser feita a partir de diferentes grãos como o trigo, o milho ou o arroz. A sêmola é uma farinha bem grossa resultado de uma moagem incompleta.

No caso do trigo, ela geralmente é feita com uma espécie mais firme do grão, chamada de Durum. Esse tipo de farinha faz parte das receitas mais tradicionais de macarrão italiano, sendo usada também no cuscuz árabe.

A sêmola pode ser ingrediente de receitas salgadas e doces, sendo especialmente querida na Europa, Índia e no norte da África.

  • Farinha de trigo sarraceno

Com origem na China, o trigo sarraceno (também conhecido como trigo mourisco) chegou ao Ocidente trazido por comerciantes árabes, em meados do século XVI.

Seus grãos são menores e mais arredondados do que os do trigo comum,  e ele precisa de um equipamento especial para ser moído.

Não contém glúten, e é uma excelente fonte de fibras, manganês, magnésio, flavonoides e vitamina P.

O sabor da massa feita com farinha de trigo sarraceno é muito diferente das farinhas de trigo comum, lembrando um pouco de amêndoas ou sementes tostadas.

  • Farinha de centeio

O centeio é um grão muito presente na culinária do norte da Europa, principalmente nos países eslavos.

Ele se adapta melhor ao clima frio dessas áreas, tendo sido cultivado ali desde, pelo menos, a Idade Média.

É usada na fabricação de pães de estilo mais rústico, e é rica em fibras e nutrientes do que a de trigo.

Outra vantagem importante para quem literalmente gosta de colocar a mão na massa, é que o centeio se dá muito bem com a fermentação natural.

Como ele contém menos glúten do que o trigo, o centeio produz pães mais estruturados e cresce melhor quando não usamos fermentos industrializados, cuja acidez é inferior aos naturais.

  • Farinha de espelta

Parente próxima do trigo, a espelta é um grão cultivado na Europa desde a Idade do Bronze e usado no Velho Continente também, tanto na panificação quanto na confeitaria.

Suas características são similares às do centeio, já que a farinha de espelta contém menos glúten e mais fibras e minerais do que o trigo.

Seu sabor e suas propriedades são um pouco diferentes, resultando em produtos que não lembram em nada a textura densa e a cor escura do pão de centeio.

A farinha de espelta é muito mais usada na versão branca (refinada) do que a de centeio. É bem fina e leve, com sabor adocicado, e é excelente para se fabricar bolos, biscoitos e outros itens de confeitaria em que o glúten não tem um papel tão relevante.

Nos pães, geralmente a crosta fica mais fina e o miolo mais macio.

Na Bélgica e Bavária, o espelta é usado na fabricação de cervejas. Um pouco mais ao norte, nos países baixos, ele é o principal ingrediente de uma bebida chamada Jeneva. Na Polônia, ele serve para fazer vodka.

  • Farinha de cevada

A cevada é um dos grãos mais primitivos do mundo, e é muito provável que os primeiros pães da história tenham sido feitos com farinha de cevada.

É rica em vitaminas do complexo B, fibras alimentares, fósforo e manganês, essa farinha também pode ser encontrada como farinha de malte. Ela se chama assim quando os grãos da cevada passam por processo de germinação e sagem, produzindo a maltose, com seu aroma e sabor característico.

A farinha de cevada ou de malte é parte muito importante da culinária britânica.

  • Farinha de amêndoa

É muito usada na confeitaria por sua leveza e crocância, além do sabor e aroma das amêndoas, a farinha é feita a partir de sua moagem.

Primeiro, retira-se a casca e a pele das amêndoas, que pode ser feito mais facilmente ao colocá-las em contato com a água fervente, para, em seguida, processá-las até que se tornem uma farofa branca, peneirando a fim de deixá-la bem fininha.

Quanto mais fina melhor para ser usada em receitas, pois assim a massa não fica encaroçada.

Essa farinha também é completamente sem glúten, e traz consigo os benefícios característicos das oleaginosas como as amêndoas, contribuindo para regular o colesterol, prevenir doenças cardiovasculares, melhorar a memória, entre outras.

  • Farinha de aveia

A aveia é um alimento cheio de benefícios para o nosso organismo, e pouca gente sabe que as vantagens não estão presentes só nos flocos que colocamos no iogurte ou no mingau.

Ao ser transformada em farinha fina, a aveia perde um pouco de suas fibras alimentares, da mesma forma que acontece com outros grãos integrais processados.

Ela continua contendo uma quantidade alta de ferro, cálcio, vitaminas e outros minerais.

Em teoria, não contém glúten, mas às vezes ela acaba sendo contaminada pela substância, quando é manuseada no mesmo ambiente que o trigo.

Por isso, para usá-la nas receitas sem glúten é preciso se certificar que a marca é livre da substância.

Por ser fina e leve, a farinha de aveia é um excelente substituto para a farinha de trigo nos bolos e biscoitos. Ela também pode ser usada em massas de torta, ou mesmo em pães de forma.

  • Farinha de arroz

A farinha de arroz também não tem glúten, nem apresenta sabor ou aroma forte. Isso faz dela uma opção perfeita para ser usada tanto em receitas doces quanto salgadas, e substitui muito bem o trigo.

Ela pode ser integral ou branca, dependendo da qualidade do grão utilizado em seu preparo.

O processo de fabricação é bem parecido com o da farinha de amêndoas, só que não é preciso remover a casca, bastando processar e peneirar os grãos crus do arroz até obter um pó fino. 

Leia também:

Será que a farinha engorda mesmo?

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